quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ufa, enfim saiu

Bem, como havia prometido a alguns, vou tentar, digo, vou conseguir fazer um blog sempre atualizado sobre esportes, contando algumas experiências na área, histórias do dia a dia e analisando o que estiver acontecendo por aí no mundo.
Pela proximidade do tempo vou começar falando dos jogos Olímpicos de Pequim.
Por total falta de inspiração vamos fazer um bate-bola sobre todos os esportes, começando por ordem alfabética.

Atletismo
Um dos eventos nobres de todos os jogos olímpicos (junto com a natação), criou seu próprio herói olímpico, que foi o jamaicano Usain Bolt.
Poucos recordes mundiais foram quebrados (de cabeça só me lembro desses dois e do salto com vara feminino) e ambos por Usain Bolt. O dos 100m. rasos de forma impressionante, como todos viram na TV, correndo os últimos 15 metros de forma totalmente descontraída. Prefiro não imaginar o que teria acontecido se ele tivesse corrido sério, afinal entraríamos na discussão dos limites do ser humano. Já o dos 200m. rasos tirou o nome do “pato” Michael Johnson do livro dos recordistas mundiais.
Deixando Bolt de lado, vamos levar nosso foco para a participação brasileira.
Incrível como em todos os jogos o Atletismo consegue buscar uma medalha mesmo sem um trabalho bem organizado. Em 96 e 2000 a delegação brasileira arrancou prata e bronze no revezamento 4x100m. masculino. Em Atenas 2004, quando já se esperava que o esporte passasse em branco no quadro de medalhas, Vanderlei Cordeiro de Lima buscou o bronze na Maratona.
Em Beijing não foi diferente. Chances haviam no salto triplo masculino, no salto com vara feminino, na maratona masculina e no salto em distância feminino.
Triplo Masculino – Jadel Gregório tem característica de conseguir suas melhores marcas no início do ano. Dessa vez não foi diferente, o que por um lado o credenciava a buscar uma medalha e por outro deixava a desconfiança de uma atuação abaixo do esperado. Desconfiança essa que aumentou quando seu treinador, inexplicavelmente, retornou ao país dias antes da prova. Reza a lenda que Jadel tem o péssimo hábito de se meter no planejamento de treinamento, mesmo sem ter conhecimento técnico para isso.
Não se sabe até que ponto isso tudo influiu, mas o que se viu na pista foram adversários muito melhores tecnicamente e um Jadel bem abaixo da expectativa.

Vara Feminino – Talvez o maior absurdo dos jogos tenha acontecido com a brasileira Fabiana Murer. Sumir a vara de qualquer atleta é coisa de competição estudantil.
Não se sabe se ela lutaria pelo bronze, como sua marca dava-lhe a oportunidade, mas lhe foi tirado o direito de tentar.
Aliás, salto com vara é a prova dentro do atletismo mais difícil de ser realizada. A única inclusive que não tive nenhuma experiência por total falta de coragem de tentar fazer inclusive os educativos. Só por isso já se pode imaginar a importância que o equipamento tem.

Maratona Masculina – Marílson dos Santos vinha credenciado a brigar por uma das 15 primeiras colocações de uma prova que tinha a previsão de ser lenta, devido ao calor e a poluição da cidade de Beijing. Pois foi exatamente o contrário que ocorreu. Foi a segunda maratona mais rápida da história dos jogos. Marílson e Franklin Caldeira tentaram acompanhar o ritmo dos africanos e ficaram pelo caminho por volta do quilômetro 35.

Salto em distância feminino – Em uma competição onde faltou tanta “sorte” aos brasileiros, parabéns para Maurren Maggi que soube aproveitar as oportunidades que lhe apareceram. A prova contava com quatro candidatas às medalhas.
O ouro era praticamente certo para a portuguesa Naide Gomes. No entanto, nas eliminatórias a portuguesa se enrolou com a marca, queimou os dois primeiros saltos e no terceiro, ao perceber que iria queimar novamente tentou ajustar a passada e ficou abaixo do mínimo exigido para entrar na final. Já a ucraniana fez o melhor salto da classificação. Era a favorita, mas foi pega no anti-doping após a prova do heptatlo.
Com as duas favoritas foras, medalha era algo praticamente certo para Maurren, faltava saber s e de prata ou ouro, e nisso a brasileira foi brilhante ao conseguir superar a marca dos 7 metros logo no primeiro salto, deixando toda a pressão para Tatiana Lebedeva.

Surpresas: Os revezamentos 4x100 brasileiros foram as surpresas positivas. Apesar de contar com a ajuda de diversas equipes, que foram deixando os bastões no caminho, os brasileiros conseguiram dois honrosos quartos lugares, tanto no masculino quanto no feminino, apesar de ficar longe de resultados satisfatórios nas provas individuais.

Resumo: Como em todos os jogos o atletismo vai com chances de medalhas, mas essas nunca são muito reais. E mesmo assim, desde 96, alguma medalha vem para o Brasil. Dessa vez, a boa surpresa da vez foi Maurren, que conquistou o ouro, algo que não vinha desde 84, com Joaquim Cruz. Esperamos que daqui a 4 anos as chances aumentem de 4 para 8 e as medalhas passem de uma.

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