domingo, 21 de dezembro de 2008

Nado Sincronizado

É quase que uma covardia a competição de nado sincronizado. As russas são sempre francas favoritas e em Beijing-2008, como não poderia deixar de ser, não foi diferente.

As duas medalhas de ouro em disputa acabaram nas mãos das russas, tanto no dueto quanto no conjunto. As duas pratas ficaram com a Espanha e um bronze foi para o Japão e outro para a China.

As brasileiras Lara Teixeira (dou aula de tênis para o pai dela) e Nayara Figueira, terminaram na décima terceira posição e não alcançaram a final.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Natação

A natação é um dos esportes nobres dos jogos olímpicos, ao lado do atletismo. E a maior figura em Beijing veio das piscinas. O norte-americano Michael Phelps conquistou nada menos do que oito medalhas de ouro. Para o Brasil também foi uma olimpíada histórica. Pela primeira vez conquistamos uma medalha de ouro, com Cesar Cielo, nos 50m livres. O nadador também conquistou o bronze nos 100m livres.

A prova mais emocionante dos jogos foi a responsável pela sétima medalha de Phelps. Os 100m borboleta. O sérvio Miroslav Cavic foi o melhor nas semifinais e na final virou com boa vantagem. Porém errou a chegada e acabou sendo superado por Michael Phelps por um centésimo.

Outro destaque foi o japonês Kosuke Kitajima, que venceu tanto os 100 quanto os 200m peito. Já os revezamentos masculinos ficaram todos com os Estados Unidos.

Entre as mulheres muita confusão, principalmente entre a italiana Federica Pellegrini e a francesa Laure Manaudou. Tudo porque uma roubou o namorado da outra. Nas piscinas, assim como no amor, vantagem para a italiana, que venceu os 200m. livre.

Já a francesa, uma das presenças mais esperadas dos jogos, foi uma enorme decepção, chegando a apenas duas finais e não passando do sétimo lugar.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Softball

Softball, ao lado do baseball, é um esporte que se despediu dos Jogos Olímpicos em Beijing. Foram oito as equipes participantes em uma fórmula bastante esquisita.

Para se ter uma idéia, os Estados Unidos venceram o Japão duas vezes, na fase classificatória e na semifinal. Só, que pelo regulamento, as japonesas jogaram uma repescagem, ganharam e tiveram o direito de enfrentar as americanas mais uma vez, dessa vez na “grande final”.

Dessa vez as japonesas ganharam e ficaram com o ouro. A prata foi para as americanas e o bronze para as asutralianas, que perderam a “pequena final” para as japoneas. Vai entender...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Tiro

O tiro, tradicionalmente o esporte que dá a primeira medalha de ouro das últimas edições dos jogos olímpicos, marcou alguns dramas familiares em Beijing-2008. Os grandes protagonistas foram a família Emmons. A mulher, a tcheca Katerina e o marido, o norte-americano Matthew.

Na primeira prova dos jogos, Katerina liderou do início até o final a carabina de ar e conquistou a medalha de ouro. Já na carabina de três posições ela ficou com a prata, atrás da chinesa Du Li.

Se pelo lado feminino foram glórias, pelo masculino nem tanto. Matthew Emmons estreou nos jogos na carabina deitado, onde conquistou a medalha de prata, atrás do ucraniano Artur Ayvazian. O drama, no entanto, foi na carabina três posições.

Em Atenas-2004, Emmons era favorito da prova e chegou liderando com facilidade no último disparo. Só que, inexplicavelmente atirou no alvo errado (do concorrente ao lado) e acabou perdendo o ouro.

Esse ano, em Beijing, parecia que ele ia se redimir. No último tiro tinha uma liderança bastante folgada, precisando de apenas 6,7 para garantir o ouro. Seu pior tiro até então havia sido um 9,7. Eis que, no último disparo Emmons marca apenas 4,4 (o pior resultado de toda a competição) e cai para quarto lugar.

No geral foram distribuídas 15 medalhas de ouro. A grande vencedora foi a China, com 5 conquistas. Estados Unidos, República Tcheca e Ucrânia ficaram com duas. As outras quatro foram de Itália, Coréia do Sul, Finlândia e Índia.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Iatismo

Junto com o judô e o vôlei, o iatismo é o esporte que vem trazendo mais medalhas para o Brasil nas últimas edições dos jogos Olímpicos. Em Beijing não foi diferente, mas dessa vez ficou faltando a medalha de ouro.

Chegamos a Beijing com dois candidatos a medalha de ouro. Ricardo Winick, o Bimba, na RS:X, a famosa prancha a vela e a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada, que estreavam na Star.

Bimba fez uma campanha apenas razoável. A apenas três regatas do final era o quarto colocado, com chances de medalha. Porém, uma décima regata péssima, onde terminou em triegésimo-terceiro lugar tirou todas suas possibilidades. Com isso terminou os jogos em quinto lugar.

Já Scheidt e Prada fizeram o caminho contrário. Depois de um início muito ruim, quando chegaram a estar em décimo-terceiro de dezesseis barcos após duas regatas, começaram a crescer muito e a partir da oitava regata entraram na zona das medalhas.

Na regata das medalhas conseguiram saltar do bronze para a prata, o que fez Robert Scheidt conquistar sua quarta medalha em quatro Jogos Olímpicos, sendo duas de ouro e duas de prata.

A grata surpresa nacional foi a dupla Fernanda Oliveira e Isabel Swan, da classe 470. Assim com na Star, as duas começaram muito mal e foram crescendo na competição, entrando na zona das medalhas na penúltima regata. Para coroar o bronze ainda venceram a regata da medalha.

No geral os britânicos foram os reis dos mares, conquistando quatro das 11 medalhas de ouro em disputa. Destaque para Ben Ainslie, que conquistou o tri-campeonato olímpico.

A Austrália ficou com dois ouros, enquanto os outros foram divididos entre Espanha, Estados Unidos, China, Dinamarca e Nova Zelândia.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Remo

O remo sempre foi uma modalidade dominada pela Austrália, Nova Zelândia e Grã-Bretanha. Em Beijing-2008 as medalhas ficaram muito divididas. Doze países conquistaram os 14 ouros em disputa.

Grã-Bretanha e Austrália venceram dois cada. Mesmo sem Steve Redgrave, penta-campeão olímpico, o quatro-sem britânico faturou o ouro. A outra vitória do país foi no duoble-skiff peso leve masculino. Já os australianos venceram no dois-sem e no Double-skiff, ambos masculinos.

Os outros ouros foram para Canadá, Estados Unidos, China, Holanda, Polônia, Nova Zelândia, Dinamarca, Romênia, Bulgária e Noruega.

No feminino a atleta que mais se destacou foi a búlgara Rumyana Neykova, que conquistou o ouro no single skiff.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Pentatlo Moderno

O pentatlo moderno contou com a atleta mais impressionante dos Jogos olímpicos de Beijing. A americana Sheila Taormina. Ela participou pela quarta vez dos jogos. Até aí um dado difícil mas igualado e superado por alguns atletas. O mais incrível é que em 2008 ela esteve disputando sua terceira modalidade diferente, um recorde.

Em 1996 Taormina conquistou a medalha de ouro junto com a equipe americana nos 4x200m livres. Dois anos depois mudou para o triatlo. Com apenas dois anos de treinamento conseguiu a sexta colocação nos jogos de Sydney-2000.

No início de 2004 a americana conquistou o título mundial e chegou a Atenas como franca favorita. Só que ela foi muito mal nos jogos olímpicos e ficou apenas em vigésimo terceiro lugar.

Depois de abandonar o esporte competitivo Taormina aceitou o desafio e passou a treinar para estar em Beijing-2008, dessa vez no pentatlo moderno. O resultado foi apenas razoável, terminando em décimo nono lugar. No tiro e esgrima foi muito mal, terminando em último com a espada. No Hipismo e Natação venceu a prova.

Logo acima de Taormina na classificação geral ficou a brasileira Yane Marques, que foi bem no tiro, esgrima e natação mas caiu muito no hipismo e na corrida.

O ouro ficou com a alemã Lena Schoneborn, a prata com Heather Fell, da Grã-Bretanha e o bronze com a ucraniana Victoria Tereshuk.

Já no masculino o ouro foi do russo Andrey Moiseev, a prata para Edvinas Krungolcas, da Lituânia e o bronze com o também lituano Andrejus Zadneprovskis.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Judô

O Judô já se tornou, junto com a vela, um dos esportes que sempre traz medalhas para o Brasil nos jogos olímpicos. Em Beijing não foi diferente. Apesar do ouro não vir desde Barcelona-92, esse ano houve uma marca histórica. A primeira medalha feminina individual do país.

Os maiores medalhistas dos jogos foram os japoneses, com quatro das 14 medalhas de ouro disputadas. A China, que evoluiu demais no feminino, conquistou três ouros, todos com as meninas.

As outras sete medalhas de ouro ficaram com Coréia do Sul, Azerbaijão, Georgia, Alemanha, Itália, Mongólia e Romênia.

Já o Brasil chegava a Beijing com três campeões mundiais. João Derly, Tiago Camilo e Luciano Correa.

Derly, bi-campeão mundial, teve uma estréia bastante complicada contra o sul-coreano Kim Joojin e venceu por Koka. Na segunda luta, no entanto, o brasileiro caiu frente ao português Pedro Dias por Waza-ari, em luta onde era franco favorito.

Tiago Camilo também teve uma estréia bastante complicada, contra o japonês Takashi Ono e venceu muito bem, por Waza-ari. Na segunda luta venceu por ippon o iraniano Hamed Malek Mohammadi.

A luta seguinte foi contra o alemão Ole Bischof, que acabou conquistando o ouro. O europeu conseguiu anular o jogo de Tiago e venceu por 2 Waza-ari.

Na repescagem Tiago estreou muito mal contra o americano Travis Stevens. Mesmo assim venceu por Waza-ari. Na luta seguinte mais um Waza-ari, desta vez contra o britânico Euan Burton.

A luta seguinte valia o bronze e dessa vez Tiago lutou muito bem, aplicando um ippon no holandês Guillaume Elmont.

Luciano Correa estreou contra o forte holandês Henk Grol e foi derrotado por 2 Waza-ari. No entanto, como o europeu avançou para as semifinais, o brasileiro teve chance de voltar na repescagem, onde estreou vencendo o israelense Arik Zeevi por Yuko. Na luta seguinte, no entanto, perdeu para o polonês Przemyslaw Matyjaszek por ippon.

As outras medalhas brasileiras, ambas de bronze, foram de Leandro Guilheiro e a inédita medalha feminina de Katlyn Quadros.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Hóquei sobre a grama

O hóquei sobre a grama foi um esporte que deu para acompanhar bem pela televisão, visto que quase todos os dias foi o primeiro a começar. Pelo menos o primeiro tempo de todas as partidas era a única atração disponível.

Os destaques no hóquei sobre a grama tradicionalmente são a Holanda e a Argentina, principalmente no feminino. E as duas equipes dividiram o pódio. O ouro ficou com a Holanda e as sul-americanas foram bronze. A prata foi das chinesas que perderam a final por 2x0.

Já no masculino o ouro foi da Alemanha, que bateu a Espanha por 1x0 em um gol resultante de um penalty corner. O bronze foi da Austrália, que, em um dos melhores jogos da competição, bateram a Holanda por 6x2.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Handebol Masculino

Se no feminino o Brasil tinha alguma esperança de chegar às quartas de final, no masculino dificilmente isso aconteceria. O grupo tinha França, Croácia, Polônia, Espanha e China.

Na estréia a França venceu tranquilamente por 34x26. A segunda partida contra a Croácia foi um massacre para os europeus, que bateram os brasileiros por 33x14.

A terceira rodada foi contra a Polônia e dessa vez a equipe brasileira jogou melhor, apesar de ter perdido por 28x25. Faltando 10 minutos para acabar a partida o Brasil vencia por 22x21, mas no final prevaleceu a maior experiência polonesa.

Contra a China, na quarta rodada, o Brasil era favorito e dessa vez não decepcionou, vencendo os donos da casa por 29x22. Com isso, nossa seleção chegou na última rodada ainda com chances, tendo que vencer a Espanha por uma boa margem de gols.

O último jogo contra os espanhóis foi excelente. Apesar de correr atrás do placar durante toda a partida, os brasileiros mostraram muito brio e endureceram bastante a partida, terminando com a derrota por 36x35.

Após a fase de classificação, a grande surpresa foi a seleção islandesa, que após terminar em terceiro lugar em sua chave, alcançou a final contra a França.

Os franceses conseguiram o título ao vencer por 28x23. Já o bronze ficou com a Espanha que bateu a Croácia por 35x29.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Handebol Feminino

O Brasil participou das competições tanto no masculino quanto no feminino. Para nós as maiores emoções, no entanto, ficaram com as meninas.

Apesar do não sermos favoritos às medalhas, existia esperança de passar da primeira fase, apesar da chave classificatória bastante complicada.

Na estréia as brasileiras enfrentaram a Alemanha. O primeiro tempo foi ótimo, viramos vencendo por um gol de vantagem. No entanto, na segunda etapa nossa equipe teve o primeiro de muitos brancos na competição e ficou muitos minutos sem marcar. As européias aproveitaram e viraram o jogo, vencendo por 24x22.

As adversárias da segunda rodada foram as húngaras, uma das favoritas a chegar ao pódio. As brasileiras, mais uma vez, tiveram domínio de boa parte da partida e vários momentos de branco total. Faltando um segundo para o final o placar mostrava 28x27 para o Brasil. A Hungria tinha uma falta da linha dos nove metros. Inexplicavelmente o Brasil marcou mal e as húngaras conseguiram o empate.

Contra a Rússia, no terceiro jogo, a seleção brasileira esteve irreconhecível, principalmente na segunda etapa e foi atropelada por 28x19. Faltando dois jogos, a situação brasileira era desesperadora. Precisava vencer a Coréia, uma das favoritas ao ouro.

E não é que o improvável aconteceu? A primeira etapa foi uma aula de handball das brasileiras, que fecharam em 17x12. No segundo tempo mais um branco e parecia que a derrota era iminente. As coreanas empataram em 31x31. E eis que, no último segundo, as brasileiras conseguem um gol salvador, vencendo por 32x31.

Para se classificar, faltava somente empatar ou vencer da Suécia, que até então vinha de derrotas para Hungria, Coréia do Sul e Rússia. Na partida anterior uma vitória milagrosa contra a Alemanha, com um gol no último minuto também.

E mais uma vez as brasileiras aprontaram uma surpresa. Após um início fulminante, quando abriu 3x0, nossa seleção foi caindo e deixou a Suécia virar para 14x11 no intervalo. Jogando muito abaixo das expectativas, as brasileiras terminaram derrotadas por 25x22 e deram adeus aos jogos.

E nas quartas de final ficou provada a qualidade da chave que o Brasil enfrentou. Rússia, Hungria e Coréia do Sul avançaram até as semifinais. A única equipe derrotada foi a Suécia, que enfrentou a Noruega. Caso o Brasil tivesse vencido as suecas, terminaria em terceiro, a frente da Hungria e pegaria a Romênia, que não foi páreo para as húngaras.

Nas semifinais a Noruega bateu a Coréia por um gol e a Rússia venceu a Hungria. As norueguesas sagraram-se campeãs ao derrotar as russas por 34x27, enquanto o bronze ficou com a Coréia do Sul.

domingo, 23 de novembro de 2008

Trampolim Acrobático

Essa é uma daquelas modalidades que nos perguntamos o que está fazendo nos jogos olímpicos. São apenas 16 atletas no masculino e 16 no feminino disputando duas medalhas de ouro. Ou seja pouquíssimos atletas para justificar a presença do desporto numa competição dessa magnitude.

As duas medalhas de ouro foram para a China, enquanto as duas de prata ficaram para o Canadá. Os bronzes foram um para os chineses e outro para o Uzbequistão.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ginástica Rítmica (GRD)

A GRD é um esporte tradicionalmente dominado pelas antigas repúblicas soviéticas. Aqui no Brasil ela ganhou um pouco de exposição após o Pan de Winnipeg, em 1999, onde nossa equipe surpreendeu e ganhou a medalha de ouro no conjunto.

A modalidade distribui apenas duas medalhas de ouro. Uma para conjunto e outra para a vencedora all-around. Ambos os ouros ficaram para a Rússia, com Evgeniya Kanaeva vencendo no individual.

Como não poderia deixar de ser, outras antigas repúblicas soviéticas visitaram o pódio. A bielo-Rússia conseguiu uma prata e um bronze e a Ucrânia um bronze. A penetra na festa foi a China, com a prata por equipes.

As brasileiras participaram apenas na prova por equipes e ficaram em décimo-segundo e último lugar.

domingo, 16 de novembro de 2008

Ginástica Artística


A Ginástica Artística era uma modalidade onde o Brasil tinha uma enorme esperança de conquistar uma medalha de ouro através de Diego Hypólito no solo. E com a esperança veio talvez a maior decepção em Beijing para o nosso país. Diego vinha fazendo uma bela série, que certamente valeria uma medalha (não se sabe de que metal) até que na última acrobacia errou, caiu sentado e se despediu da medalha, terminando em sexto lugar.

A China foi a grande vencedora da Ginástica Artística, com um resultado que foi fundamental para a vitória no quadro geral de medalhas. Das 14 medalhas em jogo os chineses venceram nada menos do que nove (equipes masculina e feminina, All-around masculino, solo masculino, cavalo com alças, argolas, barras assimétricas, paralelas e barra fixa). Tudo isso apesar da certa decepção com a estrela Fei Cheng, que ficou “apenas” com o bronze no salto sobre a mesa e na trave e em sétimo no solo.

Os Estados Unidos conquistaram duas medalhas de ouro, sendo as duas em dobradinha. No All-around feminino o ouro foi de Nastia Liukin e a prata de Shawn Johnson e na trave com as posições invertidas. Aliás, Shawn Johnson foi uma das musas dos jogos (foto acima).

As outras medalhas de ouro ficaram com Romênia, Coréia do Norte e Polônia. No solo feminino o ouro ficou com a romena Sandra Izbasa, em prova que Daiane dos Santos terminou em sexto lugar. No salto sobre a mesa feminino quem conquistou a medalha dourada foi a norte-coreana Hong Un Jong, com Jade Barbosa terminando em sétimo. O outro ouro foi do polonês Leszek Blanik, também no salto sobre a mesa.

sábado, 15 de novembro de 2008

Esgrima

A Esgrima é um dos esportes mais antigos a estar presente nos jogos olímpicos. Ela distribuiu 10 medalhas de ouro, sendo 3 masculinas (sabre, espada e florete), 3 femininas (idem) e quatro por equipes (duas masculina, no sabre e espada e duas feminina, no florete e sabre).

Os grandes vencedores normalmente são os franceses, italianos e americanos. Dessa vez quem entrou no meio dessa briga foram os alemães, que conquistaram duas medalhas de ouro, no florete masculino e espada feminino.

França e Itália também conquistaram dois ouros. Os franceses nas duas competições por equipes masculina e os italianos na espada masculino e no florete feminino.

As americanas foram ouro, prata e bronze no sabre feminino, mas curiosamente nessa mesma competição por equipes decepcionaram e ficaram só com o bronze, atrás das ucranianas e chinesas. China e Rússia conquistaram um ouro cada também, respectivamente no sabre masculino e no florete feminino por equipes.

Entre os brasileiros, destaque para Renzo Agresta, que em Atenas foi eliminado na primeira disputa do primeiro dia de competição. Dessa vez, Agresta venceu uma luta e caiu apenas na segunda rodada frente ao italiano Luigi Tarantino.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Futebol Masculino

O Brasil chegou a Beijing com o objetivo de conquistar pela primeira vez na história a medalha de ouro olímpica no futebol. A estréia foi contra a Bélgica e a equipe se apresentou muito mal. Porém, com um gol de Hernandes, aos 34 do segundo tempo, a equipe verde e amarela conquistou os três pontos.

A segunda partida foi contra a Nova Zelândia e a diferença de nível técnico era gritante. Dessa vez não deu sequer para avaliar se o time jogou bem ou não. A vitória foi de 5x0 e começou a ser definida logo aos 3 minutos, com um gol de Anderson. Alexandre Pato, Ronaldinho Gaúcho, duas vezes e Rafael Sobis fecharam o placar.

A China foi o adversário do último jogo da fase de classificação. E mais uma vez, contra um adversário mais fraco, a vitória foi bem tranqüila. Os gols foram marcados por Diego e Thiago Neves (2x).

Nas quartas de final o desafio foram os africanos de Camarões. O fantasma da eliminação de Sydney-2000 voltou a tona. Só para relembrar, nessa mesma fase, com 2 a menos, os leões africanos eliminaram nossa seleção na morte súbita.

E o roteiro dessa vez estava bem parecido. Logo aos 6 minutos do segundo tempo Baning foi expulso. Mesmo assim os brasileiros só conseguiram furar a defesa adversária aos 11 minutos do primeiro tempo da prorrogação, com um gol de Rafael Sobis. Logo depois Marcelo aumentou e classificou o Brasil para as semifinais.

A semifinal tinha gosto de final antecipada. O adversário era a Argentina, vencedor da medalha de ouro em Atenas. A partida começou muito igual, com poucas chances para cada equipe. O primeiro tempo ficou no 0x0.

Na segunda etapa os argentinos dominaram as ações e abriram o placar aos 7 minutos com Aguero. O Brasil chutou uma bola na trave e na seqüencia sofreu o segundo gol, também de Aguero, aos 13 minutos.

Daí em diante foi um show argentino que ainda teve tempo de marcar o terceiro gol com Riquelme cobrando pênalti aos 31 minutos. A parte feia ficou com os brasileiros, que perderam a esportiva, partiram para os pontapés e tiveram Lucas e Thiago Neves expulsos.

Restou ao Brasil a disputa do bronze. Os adversários eram os mesmos da estréia, os belgas. Dessa vez a equipe brasileira jogou melhor e venceu sem maiores problemas por 3x0, gols de Diego e Jô (2x).

Na final, reedição da decisão de Atlanta-96. Argentina e Nigéria fizeram um jogo bastante equilibrado. Os “hermanos” foram ligeiramente melhores e merecidamente aproveitaram a falha do goleiro Vanzekin para abrir o placar aos 13 minutos do segundo tempo, através de Di Maria. Depois, seguraram o jogo e sagraram-se bi-campeões olímpicos.

domingo, 9 de novembro de 2008

Futebol Feminino

Falar de futebol nas olimpíadas é sempre complicado. Todo mundo viu, sabe o que aconteceu e corremos o risco de bater sempre nas mesmas teclas. Mas como a proposta é falar de todos os esportes, vamos lá!

Hoje vou falar do feminino, no próximo post dou atenção ao masculino.

O Brasil abriu os jogos olímpicos jogando contra a Alemanha. Foi uma partida muito igual, com cada time levando vantagem em um tempo. As alemães tiveram todas as chances de saírem na frente e o Brasil poderia perfeitamente ter matado o jogo na segunda etapa.

A segunda partida foi contra a Coréia do Norte e o Brasil jogou muito mal. Achou dois gols, foi pressionado a maior parte do tempo e, por sorte, só levou um gol aos 48 do segundo tempo, caso contrário a partida poderia se complicar.

O último jogo da primeira fase foi contra a Nigéria. Mais uma vez uma atuação abaixo do esperado. Nossa seleção saiu atrás e só virou o jogo pela excelente atuação de Cristiane que fez três gols. Com essa partida, podemos dizer que o sinal amarelo estava aceso.

As quartas de final foram contra a bela, no sentido de beleza das atletas, equipe da Noruega. Mesmo com mais uma atuação apagada o Brasil venceu por 2x1. Mais uma vez demos sorte de só tomar um gol no final, aos 38 do segundo tempo. Desta forma foram só sete minutos de sofrimento até uma vaga nas semifinais.

A Alemanha foi o adversário das semifinais. E aí veio a melhor partida da história do futebol feminino do Brasil. Mais uma vez as alemães começaram melhor. E dessa vez abriram o placar logo aos 10 minutos, com um gol de Prinz. O Brasil levou um susto, quase se entregou mas se equilibrou e passou a mandar no jogo. O golpe de sorte veio no final do primeiro tempo, quando Formiga empatou aos 43 minutos.

O segundo tempo foi um show. Principalmente de Cristiane, a melhor jogadora das Olimpíadas. A atacante desempatou logo aos 4 minutos. Marta fez 3x1 aos oito e Cristiane fechou a goleada com um gol de placa aos 31.

Na final, um replay da decisão de Atenas. Brasil x USA. Se em Atenas o Brasil jogou melhor e teve todas as chances, em Pequim as americanas mereceram a vitória. Apesar de ter mais tempo de posse de bola, as brasileiras produziram muito pouco e foram punidas com um gol aos 6 minutos do primeiro tempo da prorrogação.

domingo, 2 de novembro de 2008

Hipismo

A competição de saltos do hipismo é uma das que mais gosto de assistir nos jogos olímpicos. Tradicionalmente era a penúltima a ser realizada (antes apenas da maratona). Em Pequim isso mudou um pouco, sendo realizada alguns dias antes. Além disso, todas as competições da modalidade foram realizadas em Hong Kong, que possuía uma estrutura melhor em relação à cidade sede.

O Hipismo distribui 6 medalhas nos jogos. No Concurso completo de equitação (CCE), para equipes e individual, no adestramento, também para equipes e individual e nos saltos, idem aos anteriores.

A atenção brasileira volta-se somente para os saltos, onde já conquistamos duas medalhas de bronze por equipes e Rodrigo Pessoa era o então medalhista de ouro, com o título conquistado em Atenas-2004.

A prova de CCE foi a primeira competição oficial a começar nos jogos e foi toda dominada pela Alemanha, que venceu tanto nas equipes quanto no individual.

No adestramento a Alemanha também entrou como favorita. Venceu como equipe e ganhou a prata e bronze no individual. A grande surpresa foi o ouro da holandesa Anky van Grunsven.

Já as provas de saltos foram marcadas pelas desclassificações por doping, que atingiram inclusive os brasileiros Bernardo Resende e Rodrigo pessoa.

As finais foram emocionantes e decididas no desempate. Por equipes, Estados Unidos e Canadá empataram. No desempate, uma alta da experiente Jill Henselwood deu o ouro para os americanos.

Já na final individual, o desempate foi entre o canadense Eric Lamaze e a zebra sueca Rolf-Goran Bengtsson, com vantagem para o experiente canadense.

sábado, 11 de outubro de 2008

Saltos Ornamentais

O que dizer de um esporte que distribui 8 medalhas de ouro e a China vence 7 dessas medalhas de ouro, sendo a grande maioria com uma vantagem enorme sobre os medalhistas de prata?

A única coisa que podemos falar é sobre Matthew Mitcham, o australiano que conseguiu a proeza de ser o único não chinês a ganhar uma medalha de ouro em Beijing-2008.

Mitcham venceu a prova da plataforma de 10m. masculino. Na verdade, muito mais do que vencer a prova, o australiano estava lutando pela medalha de prata (estava 32,5 pontos atrás), quando no último salto, o chinês Zhou Luxin fez um péssimo salto (média 7,5) e entregou o ouro no colo do atleta da Oceania.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Canoagem

A canoagem é outra modalidade dividida em duas, como o ciclismo. Existe a canoagem em águas paradas, muito semelhante ao remo, e a canoagem slalom.

No slalom, o domínio tradicionalmente é dos eslovacos. Em Beijing não foi diferente. Das quatro medalhas de ouro em disputa, os eslovacos ficaram com 3, sendo a restante conquistada pelo alemão Alexander Grimm, que no caiaque individual, derrotou o francês Fabien Lefreve, que ficou com a prata.

O grande nome da canoagem slalom em Beijing foi o eslovaco Michal Marikan, que venceu sua segunda medalha de ouro (a outra foi em Atenas). Ele vinha de duas pratas consecutivas em Sydney e Atenas.

Já nas águas paradas, são distribuídas 12 medalhas de ouro. Os maiores vencedores foram Alemanha, Belarus e Hungria, cada um com duas medalhas. Espanha, Rússia, Austrália, China, Grã-Bretanha e Ucrãnia venceram as outras.

Os destaques foram os irmãos bielo-russos, Andrei e Aliaksandr Bahdanovic, vencedores na Canoa C2 1000m.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ciclismo

O ciclismo é um dos esportes que mais dá medalhas nos Jogos Olímpicos. As competições são divididas em BMX, Moutain Bike, de velódromo e de estrada, sendo que o BMX estreou nas olimpíadas agora em Beijing.

Quem se destacou na modalidade foi a Grã-Bretanha, principalmente nas provas de velódromo, onde venceram sete das dez medalhas de ouro distribuídas. Os grandes destaques foram Chris Hoy, com três medalhas de ouro e principalmente Rebecca Romero que em Atenas-2004 conseguiu medalha de prata no remo, na prova de four-skiff e em Beijing foi ouro na perseguição individual.

Na pista, a Grã-Bretanha levou mais um ouro e no BMX e Mountain Bike o destaque foi a França que faturou duas medalhas de ouro.

sábado, 4 de outubro de 2008

Boxe

O Boxe Olímpico sempre foi o maior celeiro de medalhas de ouro para Cuba. Até o início dos Jogos de Beijing, das 64 medalhas de ouro, 32 haviam sido conquistadas por seus pugilistas. Mas a deteriorização e decadência do regime cubano acabou espirrando no desempenho desportivo, incluindo aí, obviamente o Boxe.

Foram sete medalhas cubanas no Boxe, é verdade. Mas nenhuma delas de ouro. Quatro pratas e três bronzes é um desempenho muito abaixo do esperado pela ilha caribenha.

Das 11 categorias, Rússia e China venceram duas cada, sendo os outros medalhistas de ouro a Tailândia, Ucrânia, República Dominicana, Grã-Bretanha, Mongólia, Cazaquistão e Itália.

Os brasileiros tiveram desempenho melhor do que em Atenas, alcançando duas quartas de final.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Vôlei de Praia

Desde a introdução do Vôlei de Praia nos jogos olímpicos, em Atlanta-96, a modalidade sempre vem dando medalhas para o Brasil. Em Beijing não foi diferente, mas podemos dizer que o resultado ficou abaixo das expectativas.

Esta foi a primeira Olimpíada onde as meninas não trouxeram nenhuma medalha. Já os homens conseguiram uma prata e um bronze. Nossa pior participação, visto que até então, os jogos onde conseguimos menos qualidade nas medalhas havia sido em Sydney, com duas pratas e um bronze.

No feminino, com a contusão de Juliana, perdemos nossa principal esperança de chegar à prata, visto que o ouro era praticamente certo de ficar nas mãos das americanas Walsh e May. Juliana foi cortada a menos de uma semana do início dos jogos e para seu lugar foi chamada Ana Paula, que chegou a Beijing na véspera da estréia e obviamente não teve tempo de se entrosar com Larissa, o que as deixou longe da briga por medalhas.

Isso nos faz pensar se não seria melhor ter substituído a dupla inteira, e não apenas uma jogadora.

Nossa outra equipe, a parceria de Renata e Talita teve dificuldades em todo o torneio e ficou com a quarta posição, atrás de duas duplas chinesas.

No masculino a grande esperança do outro era dos então campeões olímpicos, Ricardo e Emanuel. Tudo ia razoavelmente bem até a semifinal (nas quartas eles viraram um jogo perdido), onde, jogando muito mal, foram derrotados pelos compatriotas Márcio e Fábio Luís.

Na final, Márcio e Fábio sentiram a pressão da decisão e perderam um primeiro set ganho, o que no final acabou sendo fundamental para a derrota no tie-break. Muitos dizem que se os finalistas fossem Ricardo e Emanuel a cor da medalha seria diferente. Concordo, mas não podemos tirar o mérito de Márcio e Fábio.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Tiro com arco

Tiro com arco é um esporte que para muitos ficou no passado, quando na verdade ocorre exatamente o inverso. É uma das modalidades olímpicas que mais evoluiu com o passar dos anos e hoje em dia utiliza materiais de ponta no clássico arco e flecha das histórias medievais.

A modalidade é disputada sempre em disputas um contra um (ou equipe contra equipe) em sistema eliminatório, o que é garantia de emoção até o final, tornando a modalidade bastante atraente para transmissão televisiva.

Normalmente todos os títulos, individuais e por equipes, ficam com a Coréia do Sul, tanto no masculino quanto no feminino. Em Beijing os sul-coreanos dominaram, porém não com a intensidade esperada, perdendo nas disputas individuais para a chinesa e o ucraniano.

domingo, 21 de setembro de 2008

Badminton

O Badminton é um esporte que conheço a algum tempo e pelo qual me apaixonei durante o Pan do Rio de Janeiro. Tive a oportunidade de assistir a um dia de competições no Rio Centro e pensei: Um dia ainda vou jogar isso.
Engraçado como as coisas acontecem quando menos se espera. Um sábado a tarde recebo um telefonema com um convite para fazer um curso de capacitação promovido pela Febarj (Federação de Badminton do Estado do Rio de Janeiro) e pela Prefeitura.
Apesar do curso ser no Miécimo da Silva, lá do outro lado da cidade, e de na época eu dar aula de tênis aos sábados pela manhã, lá fui eu conhecer o esporte através do excelentes professores Pina e Nelson.
Já capacitado, mas sem a prefeitura liberar as verbas prometidas para o desenvolvimento do Badminton nas vilas olímpicas, resolvi criar um curso de iniciação ao esporte no Montanha Clube, no Alto da Boa Vista.
Ou seja, minha expectativa para o Badminton nos jogos Olímpicos era bastante alta, apesar da matéria de péssimo gosto publicada pela Veja na semana antes da competição, afirmando que o esporte era chatíssimo.
Nas Olimpíadas acabou que vi poucos jogos de Badminton. No pouco que vi a China dominou completamente e, ganhou três das cinco medalhas de ouro. As outras ficaram com a Coréia do Sul e Indonésia.
Infelizmente os brasileiros, Pardo, Pezão e as meninas não conseguiram vagas para os jogos.

sábado, 20 de setembro de 2008

Basquete

Depois do fiasco em Atenas, onde até Porto Rico conseguiu bater os Estados Unidos, os americanos convocaram uma bela equipe de basquete, denominada por eles mesmo de Redeam Team (Time da redenção) e capturaram de volta a medalha de ouro no basquete masculino.
Entre os outros times a disputa foi bastante equilibrada, com a Espanha saindo com a medalha de prata. Os então campeões olímpicos, nossos hermanos argentinos, voltaram para casa com o bronze.
Entre as meninas também não houve surpresa. Estados Unidos com o ouro e Austrália com a prata.
Já o Brasil lutou bastante, mas mostrou ser um time imaturo para decidir as partidas. Suas chances de chegar às quartas de final viraram água logo na primeira rodada, quando tivemos tudo para bater a Coréia do Sul, mas erros seguidos nos últimos dois minutos permitiram às orientais empatar a partida e nos arrasar na prorrogação.
Daí em diante o time se desequilibrou e perdeu boas oportunidades contra Rússia e Letônia, o que nos mandou para casa bem mais cedo.
No entanto vale o destaque positivo para o técnico Paulo Bassul, pela atitude no pré-olímpico, quando barrou Iziane (a grande estrela do time), após um ato de insubordinação. Por mais que Paulinho tenha errado nas Olimpíadas (e esses erros não foram tantos assim), mostrou que hierarquia tem que existir e ser respeitada.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Baseball

O Baseball fez a sua "despedida" dos Jogos Olímpicos em Beijing. Despedida com aspas porque ele não estará em Londres, mas poderá voltar em 2016, dependendo da cidade-sede.

O título ficou com a Coréia do Sul e a supresa negativa ficou com Cuba, que fez uma campanha pífia em todos os esportes, com apenas duas medalhas de ouro. No Baseball, onde era franca favorita, não passou pela Coréia na final.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ufa, enfim saiu

Bem, como havia prometido a alguns, vou tentar, digo, vou conseguir fazer um blog sempre atualizado sobre esportes, contando algumas experiências na área, histórias do dia a dia e analisando o que estiver acontecendo por aí no mundo.
Pela proximidade do tempo vou começar falando dos jogos Olímpicos de Pequim.
Por total falta de inspiração vamos fazer um bate-bola sobre todos os esportes, começando por ordem alfabética.

Atletismo
Um dos eventos nobres de todos os jogos olímpicos (junto com a natação), criou seu próprio herói olímpico, que foi o jamaicano Usain Bolt.
Poucos recordes mundiais foram quebrados (de cabeça só me lembro desses dois e do salto com vara feminino) e ambos por Usain Bolt. O dos 100m. rasos de forma impressionante, como todos viram na TV, correndo os últimos 15 metros de forma totalmente descontraída. Prefiro não imaginar o que teria acontecido se ele tivesse corrido sério, afinal entraríamos na discussão dos limites do ser humano. Já o dos 200m. rasos tirou o nome do “pato” Michael Johnson do livro dos recordistas mundiais.
Deixando Bolt de lado, vamos levar nosso foco para a participação brasileira.
Incrível como em todos os jogos o Atletismo consegue buscar uma medalha mesmo sem um trabalho bem organizado. Em 96 e 2000 a delegação brasileira arrancou prata e bronze no revezamento 4x100m. masculino. Em Atenas 2004, quando já se esperava que o esporte passasse em branco no quadro de medalhas, Vanderlei Cordeiro de Lima buscou o bronze na Maratona.
Em Beijing não foi diferente. Chances haviam no salto triplo masculino, no salto com vara feminino, na maratona masculina e no salto em distância feminino.
Triplo Masculino – Jadel Gregório tem característica de conseguir suas melhores marcas no início do ano. Dessa vez não foi diferente, o que por um lado o credenciava a buscar uma medalha e por outro deixava a desconfiança de uma atuação abaixo do esperado. Desconfiança essa que aumentou quando seu treinador, inexplicavelmente, retornou ao país dias antes da prova. Reza a lenda que Jadel tem o péssimo hábito de se meter no planejamento de treinamento, mesmo sem ter conhecimento técnico para isso.
Não se sabe até que ponto isso tudo influiu, mas o que se viu na pista foram adversários muito melhores tecnicamente e um Jadel bem abaixo da expectativa.

Vara Feminino – Talvez o maior absurdo dos jogos tenha acontecido com a brasileira Fabiana Murer. Sumir a vara de qualquer atleta é coisa de competição estudantil.
Não se sabe se ela lutaria pelo bronze, como sua marca dava-lhe a oportunidade, mas lhe foi tirado o direito de tentar.
Aliás, salto com vara é a prova dentro do atletismo mais difícil de ser realizada. A única inclusive que não tive nenhuma experiência por total falta de coragem de tentar fazer inclusive os educativos. Só por isso já se pode imaginar a importância que o equipamento tem.

Maratona Masculina – Marílson dos Santos vinha credenciado a brigar por uma das 15 primeiras colocações de uma prova que tinha a previsão de ser lenta, devido ao calor e a poluição da cidade de Beijing. Pois foi exatamente o contrário que ocorreu. Foi a segunda maratona mais rápida da história dos jogos. Marílson e Franklin Caldeira tentaram acompanhar o ritmo dos africanos e ficaram pelo caminho por volta do quilômetro 35.

Salto em distância feminino – Em uma competição onde faltou tanta “sorte” aos brasileiros, parabéns para Maurren Maggi que soube aproveitar as oportunidades que lhe apareceram. A prova contava com quatro candidatas às medalhas.
O ouro era praticamente certo para a portuguesa Naide Gomes. No entanto, nas eliminatórias a portuguesa se enrolou com a marca, queimou os dois primeiros saltos e no terceiro, ao perceber que iria queimar novamente tentou ajustar a passada e ficou abaixo do mínimo exigido para entrar na final. Já a ucraniana fez o melhor salto da classificação. Era a favorita, mas foi pega no anti-doping após a prova do heptatlo.
Com as duas favoritas foras, medalha era algo praticamente certo para Maurren, faltava saber s e de prata ou ouro, e nisso a brasileira foi brilhante ao conseguir superar a marca dos 7 metros logo no primeiro salto, deixando toda a pressão para Tatiana Lebedeva.

Surpresas: Os revezamentos 4x100 brasileiros foram as surpresas positivas. Apesar de contar com a ajuda de diversas equipes, que foram deixando os bastões no caminho, os brasileiros conseguiram dois honrosos quartos lugares, tanto no masculino quanto no feminino, apesar de ficar longe de resultados satisfatórios nas provas individuais.

Resumo: Como em todos os jogos o atletismo vai com chances de medalhas, mas essas nunca são muito reais. E mesmo assim, desde 96, alguma medalha vem para o Brasil. Dessa vez, a boa surpresa da vez foi Maurren, que conquistou o ouro, algo que não vinha desde 84, com Joaquim Cruz. Esperamos que daqui a 4 anos as chances aumentem de 4 para 8 e as medalhas passem de uma.