terça-feira, 25 de novembro de 2008

Handebol Masculino

Se no feminino o Brasil tinha alguma esperança de chegar às quartas de final, no masculino dificilmente isso aconteceria. O grupo tinha França, Croácia, Polônia, Espanha e China.

Na estréia a França venceu tranquilamente por 34x26. A segunda partida contra a Croácia foi um massacre para os europeus, que bateram os brasileiros por 33x14.

A terceira rodada foi contra a Polônia e dessa vez a equipe brasileira jogou melhor, apesar de ter perdido por 28x25. Faltando 10 minutos para acabar a partida o Brasil vencia por 22x21, mas no final prevaleceu a maior experiência polonesa.

Contra a China, na quarta rodada, o Brasil era favorito e dessa vez não decepcionou, vencendo os donos da casa por 29x22. Com isso, nossa seleção chegou na última rodada ainda com chances, tendo que vencer a Espanha por uma boa margem de gols.

O último jogo contra os espanhóis foi excelente. Apesar de correr atrás do placar durante toda a partida, os brasileiros mostraram muito brio e endureceram bastante a partida, terminando com a derrota por 36x35.

Após a fase de classificação, a grande surpresa foi a seleção islandesa, que após terminar em terceiro lugar em sua chave, alcançou a final contra a França.

Os franceses conseguiram o título ao vencer por 28x23. Já o bronze ficou com a Espanha que bateu a Croácia por 35x29.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Handebol Feminino

O Brasil participou das competições tanto no masculino quanto no feminino. Para nós as maiores emoções, no entanto, ficaram com as meninas.

Apesar do não sermos favoritos às medalhas, existia esperança de passar da primeira fase, apesar da chave classificatória bastante complicada.

Na estréia as brasileiras enfrentaram a Alemanha. O primeiro tempo foi ótimo, viramos vencendo por um gol de vantagem. No entanto, na segunda etapa nossa equipe teve o primeiro de muitos brancos na competição e ficou muitos minutos sem marcar. As européias aproveitaram e viraram o jogo, vencendo por 24x22.

As adversárias da segunda rodada foram as húngaras, uma das favoritas a chegar ao pódio. As brasileiras, mais uma vez, tiveram domínio de boa parte da partida e vários momentos de branco total. Faltando um segundo para o final o placar mostrava 28x27 para o Brasil. A Hungria tinha uma falta da linha dos nove metros. Inexplicavelmente o Brasil marcou mal e as húngaras conseguiram o empate.

Contra a Rússia, no terceiro jogo, a seleção brasileira esteve irreconhecível, principalmente na segunda etapa e foi atropelada por 28x19. Faltando dois jogos, a situação brasileira era desesperadora. Precisava vencer a Coréia, uma das favoritas ao ouro.

E não é que o improvável aconteceu? A primeira etapa foi uma aula de handball das brasileiras, que fecharam em 17x12. No segundo tempo mais um branco e parecia que a derrota era iminente. As coreanas empataram em 31x31. E eis que, no último segundo, as brasileiras conseguem um gol salvador, vencendo por 32x31.

Para se classificar, faltava somente empatar ou vencer da Suécia, que até então vinha de derrotas para Hungria, Coréia do Sul e Rússia. Na partida anterior uma vitória milagrosa contra a Alemanha, com um gol no último minuto também.

E mais uma vez as brasileiras aprontaram uma surpresa. Após um início fulminante, quando abriu 3x0, nossa seleção foi caindo e deixou a Suécia virar para 14x11 no intervalo. Jogando muito abaixo das expectativas, as brasileiras terminaram derrotadas por 25x22 e deram adeus aos jogos.

E nas quartas de final ficou provada a qualidade da chave que o Brasil enfrentou. Rússia, Hungria e Coréia do Sul avançaram até as semifinais. A única equipe derrotada foi a Suécia, que enfrentou a Noruega. Caso o Brasil tivesse vencido as suecas, terminaria em terceiro, a frente da Hungria e pegaria a Romênia, que não foi páreo para as húngaras.

Nas semifinais a Noruega bateu a Coréia por um gol e a Rússia venceu a Hungria. As norueguesas sagraram-se campeãs ao derrotar as russas por 34x27, enquanto o bronze ficou com a Coréia do Sul.

domingo, 23 de novembro de 2008

Trampolim Acrobático

Essa é uma daquelas modalidades que nos perguntamos o que está fazendo nos jogos olímpicos. São apenas 16 atletas no masculino e 16 no feminino disputando duas medalhas de ouro. Ou seja pouquíssimos atletas para justificar a presença do desporto numa competição dessa magnitude.

As duas medalhas de ouro foram para a China, enquanto as duas de prata ficaram para o Canadá. Os bronzes foram um para os chineses e outro para o Uzbequistão.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ginástica Rítmica (GRD)

A GRD é um esporte tradicionalmente dominado pelas antigas repúblicas soviéticas. Aqui no Brasil ela ganhou um pouco de exposição após o Pan de Winnipeg, em 1999, onde nossa equipe surpreendeu e ganhou a medalha de ouro no conjunto.

A modalidade distribui apenas duas medalhas de ouro. Uma para conjunto e outra para a vencedora all-around. Ambos os ouros ficaram para a Rússia, com Evgeniya Kanaeva vencendo no individual.

Como não poderia deixar de ser, outras antigas repúblicas soviéticas visitaram o pódio. A bielo-Rússia conseguiu uma prata e um bronze e a Ucrânia um bronze. A penetra na festa foi a China, com a prata por equipes.

As brasileiras participaram apenas na prova por equipes e ficaram em décimo-segundo e último lugar.

domingo, 16 de novembro de 2008

Ginástica Artística


A Ginástica Artística era uma modalidade onde o Brasil tinha uma enorme esperança de conquistar uma medalha de ouro através de Diego Hypólito no solo. E com a esperança veio talvez a maior decepção em Beijing para o nosso país. Diego vinha fazendo uma bela série, que certamente valeria uma medalha (não se sabe de que metal) até que na última acrobacia errou, caiu sentado e se despediu da medalha, terminando em sexto lugar.

A China foi a grande vencedora da Ginástica Artística, com um resultado que foi fundamental para a vitória no quadro geral de medalhas. Das 14 medalhas em jogo os chineses venceram nada menos do que nove (equipes masculina e feminina, All-around masculino, solo masculino, cavalo com alças, argolas, barras assimétricas, paralelas e barra fixa). Tudo isso apesar da certa decepção com a estrela Fei Cheng, que ficou “apenas” com o bronze no salto sobre a mesa e na trave e em sétimo no solo.

Os Estados Unidos conquistaram duas medalhas de ouro, sendo as duas em dobradinha. No All-around feminino o ouro foi de Nastia Liukin e a prata de Shawn Johnson e na trave com as posições invertidas. Aliás, Shawn Johnson foi uma das musas dos jogos (foto acima).

As outras medalhas de ouro ficaram com Romênia, Coréia do Norte e Polônia. No solo feminino o ouro ficou com a romena Sandra Izbasa, em prova que Daiane dos Santos terminou em sexto lugar. No salto sobre a mesa feminino quem conquistou a medalha dourada foi a norte-coreana Hong Un Jong, com Jade Barbosa terminando em sétimo. O outro ouro foi do polonês Leszek Blanik, também no salto sobre a mesa.

sábado, 15 de novembro de 2008

Esgrima

A Esgrima é um dos esportes mais antigos a estar presente nos jogos olímpicos. Ela distribuiu 10 medalhas de ouro, sendo 3 masculinas (sabre, espada e florete), 3 femininas (idem) e quatro por equipes (duas masculina, no sabre e espada e duas feminina, no florete e sabre).

Os grandes vencedores normalmente são os franceses, italianos e americanos. Dessa vez quem entrou no meio dessa briga foram os alemães, que conquistaram duas medalhas de ouro, no florete masculino e espada feminino.

França e Itália também conquistaram dois ouros. Os franceses nas duas competições por equipes masculina e os italianos na espada masculino e no florete feminino.

As americanas foram ouro, prata e bronze no sabre feminino, mas curiosamente nessa mesma competição por equipes decepcionaram e ficaram só com o bronze, atrás das ucranianas e chinesas. China e Rússia conquistaram um ouro cada também, respectivamente no sabre masculino e no florete feminino por equipes.

Entre os brasileiros, destaque para Renzo Agresta, que em Atenas foi eliminado na primeira disputa do primeiro dia de competição. Dessa vez, Agresta venceu uma luta e caiu apenas na segunda rodada frente ao italiano Luigi Tarantino.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Futebol Masculino

O Brasil chegou a Beijing com o objetivo de conquistar pela primeira vez na história a medalha de ouro olímpica no futebol. A estréia foi contra a Bélgica e a equipe se apresentou muito mal. Porém, com um gol de Hernandes, aos 34 do segundo tempo, a equipe verde e amarela conquistou os três pontos.

A segunda partida foi contra a Nova Zelândia e a diferença de nível técnico era gritante. Dessa vez não deu sequer para avaliar se o time jogou bem ou não. A vitória foi de 5x0 e começou a ser definida logo aos 3 minutos, com um gol de Anderson. Alexandre Pato, Ronaldinho Gaúcho, duas vezes e Rafael Sobis fecharam o placar.

A China foi o adversário do último jogo da fase de classificação. E mais uma vez, contra um adversário mais fraco, a vitória foi bem tranqüila. Os gols foram marcados por Diego e Thiago Neves (2x).

Nas quartas de final o desafio foram os africanos de Camarões. O fantasma da eliminação de Sydney-2000 voltou a tona. Só para relembrar, nessa mesma fase, com 2 a menos, os leões africanos eliminaram nossa seleção na morte súbita.

E o roteiro dessa vez estava bem parecido. Logo aos 6 minutos do segundo tempo Baning foi expulso. Mesmo assim os brasileiros só conseguiram furar a defesa adversária aos 11 minutos do primeiro tempo da prorrogação, com um gol de Rafael Sobis. Logo depois Marcelo aumentou e classificou o Brasil para as semifinais.

A semifinal tinha gosto de final antecipada. O adversário era a Argentina, vencedor da medalha de ouro em Atenas. A partida começou muito igual, com poucas chances para cada equipe. O primeiro tempo ficou no 0x0.

Na segunda etapa os argentinos dominaram as ações e abriram o placar aos 7 minutos com Aguero. O Brasil chutou uma bola na trave e na seqüencia sofreu o segundo gol, também de Aguero, aos 13 minutos.

Daí em diante foi um show argentino que ainda teve tempo de marcar o terceiro gol com Riquelme cobrando pênalti aos 31 minutos. A parte feia ficou com os brasileiros, que perderam a esportiva, partiram para os pontapés e tiveram Lucas e Thiago Neves expulsos.

Restou ao Brasil a disputa do bronze. Os adversários eram os mesmos da estréia, os belgas. Dessa vez a equipe brasileira jogou melhor e venceu sem maiores problemas por 3x0, gols de Diego e Jô (2x).

Na final, reedição da decisão de Atlanta-96. Argentina e Nigéria fizeram um jogo bastante equilibrado. Os “hermanos” foram ligeiramente melhores e merecidamente aproveitaram a falha do goleiro Vanzekin para abrir o placar aos 13 minutos do segundo tempo, através de Di Maria. Depois, seguraram o jogo e sagraram-se bi-campeões olímpicos.

domingo, 9 de novembro de 2008

Futebol Feminino

Falar de futebol nas olimpíadas é sempre complicado. Todo mundo viu, sabe o que aconteceu e corremos o risco de bater sempre nas mesmas teclas. Mas como a proposta é falar de todos os esportes, vamos lá!

Hoje vou falar do feminino, no próximo post dou atenção ao masculino.

O Brasil abriu os jogos olímpicos jogando contra a Alemanha. Foi uma partida muito igual, com cada time levando vantagem em um tempo. As alemães tiveram todas as chances de saírem na frente e o Brasil poderia perfeitamente ter matado o jogo na segunda etapa.

A segunda partida foi contra a Coréia do Norte e o Brasil jogou muito mal. Achou dois gols, foi pressionado a maior parte do tempo e, por sorte, só levou um gol aos 48 do segundo tempo, caso contrário a partida poderia se complicar.

O último jogo da primeira fase foi contra a Nigéria. Mais uma vez uma atuação abaixo do esperado. Nossa seleção saiu atrás e só virou o jogo pela excelente atuação de Cristiane que fez três gols. Com essa partida, podemos dizer que o sinal amarelo estava aceso.

As quartas de final foram contra a bela, no sentido de beleza das atletas, equipe da Noruega. Mesmo com mais uma atuação apagada o Brasil venceu por 2x1. Mais uma vez demos sorte de só tomar um gol no final, aos 38 do segundo tempo. Desta forma foram só sete minutos de sofrimento até uma vaga nas semifinais.

A Alemanha foi o adversário das semifinais. E aí veio a melhor partida da história do futebol feminino do Brasil. Mais uma vez as alemães começaram melhor. E dessa vez abriram o placar logo aos 10 minutos, com um gol de Prinz. O Brasil levou um susto, quase se entregou mas se equilibrou e passou a mandar no jogo. O golpe de sorte veio no final do primeiro tempo, quando Formiga empatou aos 43 minutos.

O segundo tempo foi um show. Principalmente de Cristiane, a melhor jogadora das Olimpíadas. A atacante desempatou logo aos 4 minutos. Marta fez 3x1 aos oito e Cristiane fechou a goleada com um gol de placa aos 31.

Na final, um replay da decisão de Atenas. Brasil x USA. Se em Atenas o Brasil jogou melhor e teve todas as chances, em Pequim as americanas mereceram a vitória. Apesar de ter mais tempo de posse de bola, as brasileiras produziram muito pouco e foram punidas com um gol aos 6 minutos do primeiro tempo da prorrogação.

domingo, 2 de novembro de 2008

Hipismo

A competição de saltos do hipismo é uma das que mais gosto de assistir nos jogos olímpicos. Tradicionalmente era a penúltima a ser realizada (antes apenas da maratona). Em Pequim isso mudou um pouco, sendo realizada alguns dias antes. Além disso, todas as competições da modalidade foram realizadas em Hong Kong, que possuía uma estrutura melhor em relação à cidade sede.

O Hipismo distribui 6 medalhas nos jogos. No Concurso completo de equitação (CCE), para equipes e individual, no adestramento, também para equipes e individual e nos saltos, idem aos anteriores.

A atenção brasileira volta-se somente para os saltos, onde já conquistamos duas medalhas de bronze por equipes e Rodrigo Pessoa era o então medalhista de ouro, com o título conquistado em Atenas-2004.

A prova de CCE foi a primeira competição oficial a começar nos jogos e foi toda dominada pela Alemanha, que venceu tanto nas equipes quanto no individual.

No adestramento a Alemanha também entrou como favorita. Venceu como equipe e ganhou a prata e bronze no individual. A grande surpresa foi o ouro da holandesa Anky van Grunsven.

Já as provas de saltos foram marcadas pelas desclassificações por doping, que atingiram inclusive os brasileiros Bernardo Resende e Rodrigo pessoa.

As finais foram emocionantes e decididas no desempate. Por equipes, Estados Unidos e Canadá empataram. No desempate, uma alta da experiente Jill Henselwood deu o ouro para os americanos.

Já na final individual, o desempate foi entre o canadense Eric Lamaze e a zebra sueca Rolf-Goran Bengtsson, com vantagem para o experiente canadense.